10/02/2009

09/02/2009

Tempo


O infinito que há em nós tem consciência da eternidade da vida; sabe que o presente é só memória do dia de ontem e que o amanhã é sonho do presente; que aquilo que em nós canta e em nós contempla está ainda nos limites daquele primeiro momento que colocaram as estrelas no espaço.

Quem de nós não sente que o seu poder de amar é ilimitado?
Quem não sente que esse autêntico e verdadeiro amor, embora sem limites, e fechado no centro do ser, não se desloca de um sentimento de amor a outro sentimento de amor?

E não é o tempo, como o amor, indivisível e imóvel?

Mar


Mar metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor de maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfaz.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.

E se vou dizendo aos astros o meu mal
E porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.

Sophia de Mello Breyner Adresen

04/02/2009

Vicky Cristina Barcelona

"Vicky Cristina Barcelona is, ultimately, a very sad film" - Woody Alen



Principled monogamists may not like this film. Not only does it show its primary characters in relationships with multiple partners but, with one exception, they are quite open with each other about it. Allen suggests both that romantic happiness is best achieved with more than one person and that it is necessarily ephemeral (I wonder what his young wife, Soon-Yi Previn, thinks). He says in a Los Angeles Times interview with Rachel Abramowitz that Vicky Cristina Barcelona is, ultimately, "a very sad film."

If so, it may be the brightest sad film ever made. All of the actors are at their best and make immediate connections with the audience. With the exception of an unnecessary voice-over narration (in which Gaudí is mispronounced with stress on the initial syllable), the self-conscious affectations that haunt some of Allen's films are absent. Fine actors are allowed to speak for themselves. According to the Abramowitz interview, Allen "never talked to the actors, other than to give them stage directions." The resulting feel is often one of brilliant improvisation.

The complex romantic relationships among its four primary characters are what the movie's mostly about and I won't spoil it by going into them. Patricia Clarkson, however, deserves mention for her role as July Nash, the middle-aged wife of an American couple who are friends of Vicky's parents and with whom solid Vicky and impetuous Cristina stay in Barcelona (though Cristina soon moves in with the charismatic artist, Juan Antonio). Judy is married to a dull but steady man, somewhat similar to the man that Vicky is about to wed. Vicky confides to Judy about her uncharacteristic fling with Juan Antonio. Judy advises Vicky to reap her passion while she can and arranges another meeting between the two. All of this is low-keyed and entirely believable.

As the movie's title suggests, it's about Barcelona as well as Vicky and Cristina. There are many outdoor shots of the city, especially of Gaudí's Park Güell. They amount to more than a minor travelogue because structures that are usually photographed in isolation appear with everyday crowds of people. Like Bruges in the movie In Bruges, the city is more than scenic background. Though never mentioned explicitly, Barcelona's anarchist past bubbles to the surface.

Há muito tempo que te quero escrever...


"Não há muitas palavras para o amor e por isso, mesmo entre aqueles que se dedicam à escrita, percebe-se muito bem quem são os que sentem mais isto. São os que escrevem menos. As pessoas que amam muito, escrevem pouquíssimo e quando escrevem, normalmente optam por um poema porque é mais pequenito e tem menos palavras. Os poetas amam mais por isto. Olha-se para um poeta e vê-se que o indivíduo sofre para escrever aquilo. Um poeta ama sempre caramba, um escritor só às vezes."

Fernando Alvim

03/02/2009

Get Cape. Wear Cape. Fly - The Chronicles Of a Bohemian Teenager (Part One)

-
I was stuck in minor chords
I'd been here once before
With environmental that goes
By your baggage on my floor.
So get over here,
Lets grab ourselves another beer
Drink until tomorrow to forget that we're still alive.
-
Drinking to forget
Always breaths regrets
Dissolusion faces upon friends that we've seld and met.
I do believe that my
self-constructed alibi
Is cracking under pressure while i'm breaking on the inside
-
I'm sick of making a show
I'm sick of sitting with my
telling people I know
More than they needed to know
And this song is more, than the self indulgant rantings,
closure for the times that have let you down
you know I need you around
-
Well I'm still here, long overdue, but it seems like your.....
-
So this ones for the friends
If not so for themselves
and this new lifes directing us
....
you made us feel at home
broken backs on floors of stone
but I'd rather wake there any day
than wake up here alone.

Portugal em crise desde 1143

A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado!

Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e o Lobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.
De acordo com os especialistas - e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível - Portugal está mergulhado numa profunda crise. Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado. O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise.

Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica. Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB.

O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.

A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado. É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses.

A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades.

Ricardo Araújo Pereira

01/02/2009

Secret Spot! *




@ Aveiro

Ovos Moles??

Veneza portuguesa (1)

Antiga Estação CP

Fábrica da Cerâmica

Salinas de Aveiro

Veneza portuguesa (2)

Velha escola

Moliceiro - Abre-me a porta do teu Jardim